sábado, 7 de julho de 2012

O Tubo de Cola


O tubo de cola saiu da gaveta.
Caiu no tapete da sala.
A bola no tapete melado e ficou colada na cola.
Aí a bola falou:
- Sapato me ajuda!
O sapato ajudou.
Deu um peteleco na bola.
A bola melada colou no sapato.
E tudo ficou colado: a cola, a bola e o sapato.
Aí o sapato pediu:
- Bota me ajuda! Colei na bola e ela colou na cola.
A bota muito sabida, ajudou.
Deu um teco no sapato.
O sapato melecado colou na bota sabida.
E tudo ficou colado.
A cola, a bola, o sapato e a bota.
A bota, danada da vida, falou:
- Luva, me ajuda!
A luva ajudou.
Pegou a bota, sacudiu e puxou.
O dedo da luva colou na bota melada.
E a luva ficou colada.
Veio o menino e falou:
- Cadê o tubo de cola? Cadê?
E viu tudo colado.
A luva colada na bota.
A bota colada no sapato.
O sapato colado na bola.
E a bola colada na cola.
Aí teve uma idéia.
Lavou tudo na pia.
E o melecado sumiu.
Daí o menino colou a peteca, o apito e a caneta.
E o tubo de cola ficou na gaveta.
                         Flávia Muniz



Chapeuzinho Vermelho e os Três Porquinhos


Texto: Evelyn Heine

Certo dia seis personagens de histórias infantis fizeram uma reunião secreta.
Estavam lá, na casa de tijolos, Chapeuzinho Vermelho, a Vovozinha, o Caçador e os Três Porquinhos.
O motivo da reunião era descobrir se o lobo das duas histórias era o mesmo ou não.
Se fosse, ficava mais fácil derrotar o vilão. Se bem que ele sempre acabava mal mesmo, no final das histórias!
Cada um desenhou o seu lobo num pedaço de papel.
Mas, quando eles iam comparar os desenhos...
TUM! TUM! TUM!
Ouviram um barulho assustador!
— Ai, ai! O que vamos fazer? — Perguntou apavorada a Chapeuzinho Vermelho.
— Não esquenta! Ele nunca é capaz de derrubar esta casa de tijolos! — Disse um porquinho.
— Mas o malvado pode entrar pela chaminé! — lembrou o outro.
Então, o único jeito foi queimar todos os desenhos na lareira. E o lobo nem tentou entrar porque já estava cansado de queimar o bumbum na fogueira. Também não podia se disfarçar de Vovozinha porque ela estava lá dentro (não de sua barriga, mas da casa).
Foi embora... ou foram embora, sei lá! No fim das contas, ninguém ficou sabendo se era um ou se eram dois!



A Galinha Ruiva




Um dia uma galinha ruiva encontrou um grão de trigo.
- Quem me ajuda a plantar este trigo? - perguntou aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu planto sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Logo o trigo começou a brotar e as folhinhas, bem verdinhas, a despontar. O sol brilhou, a chuva caiu e o trigo cresceu e cresceu, até ficar bem alto e maduro.
- Quem me ajuda a colher o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu colho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.
- Quem me ajuda a debulhar o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu debulho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.
- Quem me ajuda a levar o trigo ao moinho? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu levo sozinha - disse a galionha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Quando, mais tarde, voltou com a farinha, perguntou:
- Quem me ajuda a assar essa farinha?
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu asso sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. A galinha ruiva assou a farinha e com ela fez um lindo pão.
- Quem quer comer esse pão? - perguntou a galinha.
- Eu quero! - disse o cão.
- Eu quero! - disse o gato.
- Eu quero! - disse o porquinho
- Eu quero! - disse o peru.
- Isso é que não! Sou eu quem vai comer esse pão! - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.

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